quarta-feira, 13 de junho de 2012


“Irei escrever pra ver se passa.” Aqui estou eu, pensando em como descarregar tudo em palavras, conto uma história? Uso metáforas? Ou posso só escrever como me sinto e quem ler se vira pra saber o que causou. Também posso misturar tudo, é isso.
Sabe quando se ama alguém tanto, mas tanto, que você é capaz de perder toda a sua liberdade e mesmo assim não sofrer? Você não sofre porque essa pessoa te ama, faz de tudo por vocês, corre o risco de ir pra cadeia e mesmo assim nenhuma das partes reclama... Raro? Aconteceu comigo. Lembro dessa época, ela agia tão serenamente que me desprendia dos problemas, a voz dela fazia com que eu esquecesse completamente de que, a qualquer momento, ela iria presa por ser maior de idade e eu iria parar morando em outra cidade. Nunca precisei de muita coisa, só da voz dela e pronto, agüentaria os próximos três anos sem problema. Mas é claro que iria aparecer algo pra mudar tudo, sempre aparece...
“Ela foi a minha primeira namorada, a gente tinha algo diferente, sabe? Era tão emocional que eu nem precisava beijá-la, me satisfazia só ficar ao lado dela. A gente terminou por erro meu, ela sofreu muito, muito mesmo, agora, depois de muita conversa, a gente é tão próxima que parecemos irmãs. Amor, não se preocupe nunca, como eu disse, ela é como uma irmã pra mim, não precisa sentir ciúmes.” Se eu mesmo assim sentia ciúmes? Claro. E eu nunca sabia por que, mas sentia e ela estava na lista das pessoas com quem – caso a gente terminasse – eu nunca iria querer que ela ficasse. Aguentei mais de um mês sem notícias dela, agora, estou suprindo um namoro ‘diferente’ e ela está suprindo um namoro com a tal primeira namorada. “Como você está? Pare de chorar, por favor. Estou preocupada. Não fica assim.” Ando ouvindo muito isso ultimamente. Me seguro diariamente pra não recorrer aos cortes. Queria que somente eu te fizesse feliz. Queria você só minha de novo e pra sempre.

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